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A Frequência 432 Hz: Mito ou Ciência?

  • carlospessegatti
  • 4 de out. de 2024
  • 3 min de leitura




A afinação em 432Hz tem gerado um debate acirrado entre músicos, pesquisadores e entusiastas da música ao longo dos anos. Defensores dessa frequência afirmam que ela está em maior harmonia com a natureza e o cosmos, o que proporcionaria benefícios tanto para quem escuta quanto para quem cria música. Mas qual é a base científica e histórica por trás disso, e será que a afinação em 432Hz poderia realmente influenciar de maneira significativa o processo criativo?



1. A História por Trás da Frequência 432Hz

Historicamente, a afinação padrão em 440Hz, que é amplamente usada hoje, só foi adotada de maneira oficial em 1955 pela Organização Internacional de Padronização (ISO). Entretanto, antes disso, as afinações variavam de local para local. Alguns instrumentos e composições utilizavam outras frequências de afinação, sendo a de 432Hz uma delas. Para quem não sabe, 440Hz é a frequência em que vibra a nota do Lá central do Piano.


Algumas teorias sugerem que grandes compositores como Verdi preferiam a afinação em 432Hz, já que ele acreditava que essa frequência estava em harmonia com a voz humana e proporcionava maior clareza e beleza à música. Contudo, não há consenso sobre se essa era a afinação utilizada de forma predominante ou apenas uma escolha pessoal de alguns compositores.


2. Bases Científicas: Harmonia com a Natureza e o Cosmos

Defensores da afinação em 432Hz acreditam que essa frequência está em ressonância com as frequências naturais da Terra e do universo. Especificamente, eles mencionam que 432Hz estaria mais próxima das vibrações naturais, como a Ressonância Schumann, que é a frequência de vibração do campo magnético da Terra (cerca de 7,83Hz).


Os proponentes dessa teoria sugerem que o corpo humano, assim como outros sistemas naturais, ressoaria mais harmoniosamente quando exposto a músicas afinadas em 432Hz. Acredita-se que essa frequência teria um efeito calmante, restaurador e mais profundo sobre a psique e o corpo. No entanto, estudos científicos que sustentem de forma consistente essa afirmação ainda são limitados. A percepção de benefícios pode estar mais relacionada a um efeito psicológico ou sugestivo do que a uma base física mensurável.


3. Mitos e Controvérsias: Ciência ou Pseudociência?

Parte do debate em torno da frequência 432Hz também gira em torno de alegações controversas, muitas vezes descritas como pseudocientíficas. Alguns teóricos associam essa frequência com a geometria sagrada, afirmando que ela reflete proporções matemáticas encontradas na natureza, como a proporção áurea.


No entanto, cientistas e músicos céticos argumentam que a escolha de uma frequência de afinação é uma questão puramente arbitrária e cultural, não influenciando necessariamente aspectos fundamentais da natureza ou da saúde humana. Para eles, a afinação em 440Hz é simplesmente uma convenção padronizada e igualmente válida.


4. Influências na Criação Musical: Uma Conexão Cósmica?

Para mim, que venho tentando explorar a intersecção entre ciência, arte e filosofia, o debate sobre a afinação em 432Hz pode oferecer um terreno fértil para experimentação sonora. Mesmo que as bases científicas não sejam conclusivas, o impacto psicológico que uma afinação diferente pode ter sobre o ouvinte e o criador não deve ser subestimado. Muitos músicos que experimentaram a afinação em 432Hz relatam uma sensação de profundidade maior e maior conexão emocional com sua música.


Essa busca pela ressonância com o cosmos e pela harmonia com as leis naturais também posso alimentar a criação de atmosferas musicais que ecoam a relação entre o universo e o som. Ao compor utilizando essa afinação, eu posso potencialmente criar faixas que estejam em sintonia com frequências que evocam uma sensação de equilíbrio e transcendência. Utilizarei esta afinação em minhas próximas criações.


5. Conclusão: Experimentação e Reflexão

A afinação em 432Hz, embora careça de comprovação científica definitiva, carrega um significado profundo no campo da estética musical e filosófica. Como criador, eu posso utilizar essa frequência não apenas como uma tentativa de "curar" ou "conectar-me ao cosmos", mas também como uma escolha estética e experimental. A verdadeira questão talvez não seja se a afinação em 432Hz é superior, mas como ela pode influenciar e enriquecer o meu processo criativo, levando a uma nova forma de expressão que ressoe tanto comigo quanto com meu público.



MÚSICAS COMPOSTAS UTILIZANDO A AFINAÇÃO EM 432Hz





 
 
 

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